sexta-feira, outubro 20, 2006

Assim de repente!... Um dia!

Assim de repente!...
Senti que devia dividir estas palavras com quem aparecer aqui pelo cantinho.



Um dia

Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas carta que trocaremos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Aí, os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo....

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?"

Diremos que eram nossos amigos e isso vai doer tanto!
"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!" A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo. E, entre lágrima abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais veze s daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa

segunda-feira, outubro 16, 2006

Assim de repente!... Saudades!

Saudades...

Dos sorrisos
Das gargalhadas
Das sessões de "cinema"
Das canções
Da palhaçada
Da união...

Será que algum dia foi assim? Será que algum dia poderá voltar a ser assim?

Não sei.......
Caminhos e rumos diferentes!
Um afasta e um aproxima constante.

Tenho saudades!

quinta-feira, outubro 12, 2006

Assim de repente!... Palavras!

Assim de repente!...


Será assim tão dificil utilizá-las?

Será assim tão dificil escreve-las, fala-las, gagueja-las, soletra-las?

Bolas!
Palavras... Algo tão natural, simples e inconsciente como respirar!

Façam o favor de usar da PALAVRA!

Falem
Escrevam
Soletrem.

Mas não fiquem calados!

quinta-feira, outubro 05, 2006

Sarah Mclachlan - Angel


Hoje senti que as minhas palavras estão gastas...
As palavras e a minha paciência.
A minha paciência e a minha teimosia.

Hoje não consigo escrever...
Escrever o que realmente sinto.

Hoje fica só a melodia. A canção...
Hoje a música que fale por mim,
que sinta por mim
que chore por mim.
Assim de repente!... Circulos!


Circulos!
Estamos rodeados deles.
Estou rodeada deles!

Não me refiro ao circulo de amigos,
Ao circulo de conhecidos,
Tão pouco ao circulo da familia...

Será mais um circulo de interesses,
falsidades,
olhares depreciativos,
interesses,
cinismos,
disputas exageradas,
interesses...

Circulos que são invisiveis, mas que sabemos que estão lá ...
Estou lá...
Ou por outra, estamos dentro deles.
Estou dentro deles.

Circulos que nos apertam, que nos incomodam, que nos chegam a magoar de tão apertados...
Que me apertam, me incomodam e chegam a magoar de tão apertados.

Mas depois lembro-me dos outros circulos... Aqueles que me aconchegam, que me acarinham, que estão sempre aqui, ali ou onde quer que seja, para mim!

São circulos...
Grandes, pequenos,
perfeitos ou não,
bons ou maus...

terça-feira, outubro 03, 2006

Assim de repente!... Literal e metaforico!

Hoje choveu




Hoje choveu e eu senti a chuva.
Literalmente...
Andei á chuva e molhei-me.

Era noite escura.
A cidade estava deserta,
Perdi o comboio...
E fiquei ali...
Em frente á estação,
À chuva.

Hoje choveu

Hoje choveu e eu senti o frio da chuva
Metaforicamente...
Senti o silêncio da cidade.
Estava deserta...
E eu perdi a minha melodia,
A letra da minha canção,
As notas da minha musica...

Perdi-as, assim...
Puff!

Amanha, vai chover
literalmente.

Amanha não quero sentir a chuva fria...
Metaforicamente
Amanha quero recuperar a minha voz
A minha melodia
A letra da minha canção
E as notas da minha música...
QUERO,
Mas não me deixam!

Porquê?